Era uma tarde qualquer em uma cidade cheia de alunos. De Escolas Públicas e Particulares. Que estudavam de manhã , a tarde ou a noite. Cada um na sua respectiva série escolar até que foi anunciado nas redes sociais uma grande feira Escolar.
Uma parte da cidade foi reservada para sediar as montagens.
Um grande Parque de Diversões feitos com madeira reciclável em forma de lápis de cor. A roda gigante parecia um grande apontador e os bancos, apontadores menores.
Os trilhos da Montanha Russa eram feitos de livros de Capa Dura e o carrinho , eram lindos estojos . O cinto que precisava por era idêntico ao zíper!
Que graça colorida tudo isso.
Os ingressos, tinham preços populares.
A sala de Espelhos, papeis sanfonados, cartonados, selofanes e lminado todo espelhado.
Ninguem sabia ao certo quem era o seu Patrocinador. Um mistério...
Em uma parte mais escura do Parque estava a ala assombrada. Feita com carvões, grafites e cores obscuras para favorecer as criações de figuras e fundos. Você entrava, escolhia o material que iria usar. Sentava e criava. A única regra era assinar e datar seu desenho e depois, depositá-lo na parede de Exposições.
Joana e seus amigos João, Heitor e Leiva assim que souberam da novidade viajaram por horas da Cidade Deserto até lá. E assim que chegaram combinaram o ponto de partida e de reencontro. A meta era conhecer o Parque inteiro. Então se dividiram para depois compartilharem entre eles tudo que vivenciassem. Sem deixar um pontinha sequer de fora. E assim foram. Os meninos espertos e astutos foram na mesma direção instantaneamente. Pois viram ao longe uma porta sem decoração alguma. Uma porta comum. Não tinha aviso, nem cor. Madeira crua. Sem maçaneta. Entreaberta...
Uma vez lá dentro uma redoma de vidro. Dentro dela um canson e um lápis mastigado na ponta.
Mas quem será que deixou isso aí, pensou Heitor atento para ver se não havia nenhuma pegadinha.
Nossa, tão sem graça perto de tudo que está lá fora, pensou João.
Vamos embora irmãos, disse Leiva rapidinho. Temos muito o que explorarmos lá fora. Foram para a porta juntos. Heitor foi o último. E ao passar pela redoma de vidro... pegou os dois objetos e guardou dentro da mochila. Sem falar nada.
A tarde foi incrível! Pense que fizeram ao centro do Parque! Um rio artificial com barquinhos em que você entrava e sentava de frente a pranchetas e tintas aquarelas. Acontece que os pincéis eram os remos dos barquinhos. Ah como era divertido mexe Los na água! Bem pequenos como eram quase não moviam a água mas fazia um efeito lindo nos papeis. Cada barco levava dois de nos apenas por vez. E quem ficava na margem do rio vibrava porque A água aos poucos ficava colorida, afinal tinham que limpar os seus pincéis para continuarem suas gravuras.
Ao entardecer, a imagem refletida da água estava maravilhosa.
Chegada a hora de irem embora era a Lua quem acompanhava os passos dos visitantes. Fomos os ultimos a sairem. Aos poucos o Parque foi ficando vazio e cada vez mais vazio até que todos finalmente tinham ido embora.
Joana e seus amigos voltaram a sua cidade Natal e foram dormir. Heitor guardou sua mochila debaixo da cama.
No dia seguinte, as noticias dos jornais, televisão, radio e do whatssap eram a mesma: o Parque sumiu sem deixar rastros ou pegadas de nanquim. Será que era um sonho? Será que ele nunca existiu, os moradores assim pensaram.Um sonho coletivo concluiram.
O único que tinha certeza da sua existência era o Heitor. Pois o Canson e o lápis estavam la, disponiveis para ele desenhar. Entao, ele experimentou e o primeiro desenho que fez foi de um Parque lindo incrível que simultaneamente surgiu em uma outra cidade todo colorido...E, rapidamente a notícia se espalhou e lá foram eles de novo para se divertirem! O misterio é que o desenho ficava no papel um único dia então....
Na outra manhã,Heitor decidiu que redesenhar o Parque não seria tão legal assim. Pensou e iniciou o desenho de um poço, fundo. Ao lado de uma Árvore... mas isso já é uma outra história!
Beijos, comentem!
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